A tarde fresca ronda a clareira,
e promissor
o leito dos enamorados, tão inclusivo
quanto o vermelho das folhas das árvores
e todo o chão pendendo, um harém num só amor -
guerreiros lentos do amor... porque o tempo não tem horas,
parou faz tempo num lento fumegar
de quem se aquece
e se abriga nos lábios em um licor
aonde todos os beijos que repartem, se unem
pelo quebrantar do doce travo de uma cereja...
e anuncia o rouxinol na ladeira
a um local aonde não há fronteira,
lado claro dum ramo de Figueira
e todas as flores perto
a encher o dia
a noite
e pura a manhã
que o Sol entrega.
Henrique Lessa
beijo, bb@moa